História mural
As primeiras pinturas que se conhecem foram feitas nas paredes de cavernas habitadas pelos seres humanos da pré-história. Inúmeras civilizações pré-clássicas, clássicas e posteriores, pintaram nas paredes, mostrando as atividades do quotidiano, a flora e fauna da região, glorificando deuses e reis, transmitindo mensagens religiosas e políticas. Nem sempre essas pinturas tiveram a função de representar: tinham antes o papel de convocar ou afastar espíritos, augurar boas colheitas, ou celebrar acontecimentos.
A pintura mural, embora nunca tenha desaparecido, teve novo estímulo no século XX na sua função decorativa e política
No Ocidente, a pintura mural conheceu grande desenvolvimento no final da Idade Média e com o Renascimento Italiano, sobretudo a técnica do fresco, que consistia em aplicar em gesso húmido pigmentos de cor misturados com água. Este processo dava grande qualidade e durabilidade às pinturas. Ao longo do século XVI, os artistas desenvolveram técnicas de fresco e secco combinadas, para aumentar a amplitude de possibilidade da pintura mural. A técnica a secco implica misturar o pigmento com um elemento ligante como a clara de ovo, cola ou óleo para que a tinta fique presa à parede. A pintura mural, embora nunca tenha desaparecido, teve novo estímulo no século XX na sua função decorativa e política, e foi usada para promover a vida moderna (em clubes e cafés por exemplo), para propaganda de ditaduras, ou para mensagens revolucionárias e de resistência.