Gare Marítima de Alcântara

Gare Marítima de Alcântara

Almada Negreiros foi convidado a conceber os oito painéis de pintura mural deste salão, iniciando os seus estudos em 1941. A estação ficou concluída em 1943, e as pinturas em 1945. 

[Parede Este] Almada dividiu-as entre a mitologia nacional — mas da tradição popular — e o retrato mais realista de uma Lisboa ribeirinha. Cada um dos dois trípticos e dos dois painéis isolados é acompanhado por uma descrição.

Nesta parede, o painel isolado intitula-se Ó terra onde eu nasci e os três painéis têm por tema a cidade de Lisboa. O primeiro apresenta um dia festivo, de lazer, em contraste com o tríptico, onde as imagens de trabalho no porto dominam a composição, com mulheres que transportam carvão na cabeça ou tratam de peixe junto aos barcos. O painel isolado não nos dá indicação clara sobre que «terra» estamos a ver, mas o tríptico é marcado por vários elementos reconhecíveis da paisagem lisboeta, como o aqueduto ou a Sé.

[Parede Oeste] Almada Negreiros foi convidado a conceber os oito painéis de pintura mural deste salão, iniciando os seus estudos em 1941. A estação ficou concluída em 1943, e as pinturas em 1945. Almada dividiu-as entre a mitologia nacional — mas da tradição popular — e o retrato mais realista de uma Lisboa ribeirinha. Cada um dos dois trípticos e dos dois painéis isolados é acompanhado por uma descrição.

Nesta parede, três painéis têm por tema o poema popular Nau Catrineta, recolhido e publicado por Almeida Garrett no século XIX. Relata eventos de uma tripulação de navio quinhentista, embora Almada atualize a representação das personagens, aproximando-as das pessoas suas contemporâneas, da década de 1940. O título do painel isolado é dedicado à lenda de D. Fuas Roupinho, embora metade da composição, em primeiro plano, seja ocupada por mulheres e homens pescadores, em trabalho ou em descanso.